• Estudo de Perfins

                                              


PERFINS" SÃO PERFURAÇÕES NOS SELOS, EM FORMA

DE LETRAS, NÚMEROS OU DESENHO.

A Perfuração foi a primeira forma usada pelas Empresas para facilitar o controle de estoques de selos. ATENTE, que a perfuração, nesse caso, corresponde a uma marca feita no selo e não a sua Denteação ou Picote.

A criação do selos por Rowland Hill, em 1840, logo transformou as Empresas Inglesas em grandes usuárias dessa invenção. Mas as empresas começaram a perceber que seus estoques de selos diminuíram de maneira assustadora, sem dúvida em proveito de alguns funcionários pouco escrupulosos

(pois, era possível revender os selos nos guichês) ou então, tratava-se simplesmente dos primeiros colecionadores.

Para acabar com essa situação, as empresas pediram à Administração Postal, permissão para imprimir nos selos, Marcas de Propriedade. A autorização foi concedida em 1856. O exemplo inglês foi seguido pela Suíça e pela Nova Zelândia.

       Em 1858, sempre na Grã-Bretanha, Joseph Slooper, requereu alvará para uma máquina de Perfurar, mas teve que esperar até 1868, quando a Autorização Oficial foi dada pelo Diretor-geral dos Correios, P.Parkhurst, para que os industriais pudessem perfurar os selos legalmente.

       Este monopólio da Casa Slooper esteve em vigor até o ano de 1872. Foi em 1872 que apareceram os primeiros selos perfurados na Bélgica, e em 1876, eles surgiram na Suíça. Na França, as empresas fizeram a perfuração dos selos sem autorização oficial até 1873, quando a Administração Postal do País resolveu proibir esta prática, declarando que todo selo perfurado perde seu valor de franquia e a carta deve ser taxada. Entretanto, as Câmaras de Comércio solicitaram aos Correios, permissão para restabelecer esta prática.

       O acordo foi firmado em 15 de novembro de 1876 com o consentimento do Ministério da Fazenda. A perfuração era aceita com certas restrições; não deveria ultrapassar um terço da superfície do selo, deveria ser feita, de preferência, na parte superior do selo, e sobretudo, não alterar o valor facial deste.

     Essa regulamentação ficou em vigor até 1954; momento em que as perfurações foram definitivamente proibidas, salvo sobre os selos fiscais.

As perfurações se encontram sobre a quase totalidade dos selos ( correio aéreo, sobretaxa, ordinários, comemorativos, "colis postaux ", fiscais), sobre papéis timbrados, inteiros postais e cartas pneumáticas. Para não correr o risco de adquirir um perfurado de origem duvidosa, o filatelista deve sempre colecioná-lo sobre um objeto de correspondência com inscrição do nome da empresa.

   A perfuração dos selos é um fenômeno postal mundial presente em 150 países ou administrações postais.

       Estima-se por volta de 50.000 os tipos de perfuração. O país onde se encontra o maior número de perfurados é a Grã-Bretanha com 18.000, seguido da Alemanha com 12.000, dos Estados Unidos com 6.000, da França e suas Colônias com 3.000, da Áustria com 1.800, da Bélgica com 1.300, da Dinamarca com 1.000, enfim, três países: Itália, Países-baixos e Suíça; possuem um número semelhante de perfurados com 700 selos.

       No Brasil também houve o uso de selos perfurados. Tal prática foi utilizada pela primeira vez no Estado de São Paulo, com os selos da emissão Dom Pedro ll, de primeiro de julho de 1866. A perfuração continha a seguinte inscrição: Z, & Co., iniciais da indústria Zeremer Bülaw & Co., atual Antárctica.

      Embora se encontrem outros casos de perfuração ainda no tempo do Império e também na República, destacamos esse como exemplo pelo seu pioneirismo. (tradução da Revista Le monde des Philatelistes nº 471, pagina 76, de fevereiro de 1993).


                               Estudo disponivel somente para leitura On Line.

                                         com objetivo único de divulgar o conhecimento.






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